A ansiedade e o estresse na gravidez podem ser algo incômodo e perturbador, principalmente se for mãe de primeira viagem. Esse estado não é bom para a grávida ou para o bebê. Tais sintomas se explicam pelas grandes mudanças hormonais que ocorrem no corpo da mulher durante esse período. Algumas mulheres podem ainda sentir irritabilidade e baixa autoestima. O sentimento de estresse pode aumentar a ansiedade e afetar o sono e o apetite.
O que fazer para diminuir o estresse?
Estresse na gravidez pode gerar insônia, dores de cabeça, perda de apetite ou compulsão alimentar. Lembre-se que esses sintomas afetam não só você, mas também o bebê.
Para reduzir esse incômoda e evitar possíveis complicações e gerar a sensação de bem-estar na mulher, é importante adotar algumas estratégias, tais como:
– Fazer atividades prazerosas, como assistir filmes, tomar banhos relaxantes e ouvir música;
– Realizar caminhadas leves, sessões de hidroginástica. Praticar meditação, yoga. Receber massagens para relaxar. As atividades físicas ajudam a aliviar o estresse e produzir hormônios que dão a sensação de bem-estar;
– Fazer uso da aromaterapia. Você pode contar com home spray para deixar o ambiente perfumado e relaxante. O aroma de lavanda proporciona ainda mais aconchego e calma. Além disso, a água de lençol de lavanda também é uma alternativa para obter uma noite de sono reparadora;
– Buscar pessoas de confiança com quem possa compartilhar o motivo da ansiedade e pedir ajuda para lidar com o problema;
– Manter uma alimentação saudável. Consumir frutas, legumes e alimentos integrais. Procure evitar doces, gorduras e alimentos processados;
– Manter uma rotina de sono saudável utilizando colchão e travesseiro adequados que proporcionem bem-estar e descanso.
Caso os sintomas não melhorem ou em caso de depressão ou de Transtorno de Estresse Pós-Traumático, deve-se procurar o médico.
O que acontece na gravidez
O estresse da mãe durante a gravidez pode resultar em baixo peso do bebê ao nascer. Isso é devido à diminuição da quantidade de sangue e oxigênio que chega até ele. Também pode resultar na ocorrência de maior resistência à insulina e maior risco de obesidade na vida adulta, devido à exposição às citosinas inflamatórias.
O aumento do risco de doenças cardíacas é outra consequência desse estado, além de aumentar o risco de infecções e parto prematuro.
Pode ocorrer o aumento do risco de alergias, já que o excesso de cortisol pode afetar o sistema imunológico do feto. Isso pode fazer com que o bebê produza mais imunoglobulina E, uma substância relacionada às alergias, como a asma alérgica, rinite alérgica ou dermatite atópica.
O bebê sente quando a mãe está nervosa?
Não existe ainda comprovação científica de que o bebê sinta a mesma ansiedade ou nervoso sentido pela mãe grávida. Por ser a gestação o momento na vida da mulher que envolve uma revolução hormonal, pode dificultar o controle das próprias emoções e do estresse. Existem muitos mitos sobre esse assunto. Vamos conferir o que é verdade:
– O corpo da mãe: A partir da 33ª semana o bebê consegue ouvir os sons produzidos pelo funcionamento do corpo da mãe. Ele já percebe o funcionamento do intestino, estômago e a respiração que fazem parte do ambiente do bebê.
– Batimentos cardíacos: o bebê é capaz de ouvir os batimentos da mãe a partir da 10ª semana de gestação. Esse é um dos motivos pelos quais muitos bebês após o nascimento ficam calmos quando colocados próximos ao coração.
– Sons: o aparelho auditivo dos bebês já se encontra totalmente formado, entre a 18ª e a 25ª semana de vida. Desta forma ele é pode escutar o que está acontecendo do lado de fora da barriga. Vozes, ruídos e músicas são percebidos. Sabendo disso, é muito importante conversar com o bebê. Da mesma forma, colocar músicas perto da barriga.
– Emoções: Quando a mãe está tranquila e feliz, o bebê recebe hormônios como a serotonina e a endorfina. Já quando a mãe está nervosa, estressada ou com raiva, o corpo libera cortisol e adrenalina, que também chegam até o útero. Tais emoções podem acelerar os batimentos cardíacos do bebê.
– Movimentos: o bebê a partir da 17ª semana pode sentir os movimentos da mãe ao sentar, levantar, deitar etc. Nesta fase o sistema de equilíbrio do feto já está formado. A partir da 20ª semana, os bebês também conseguem sentir o toque.
As melhores posições de dormir na gravidez
- Virada para o lado esquerdo: esta é a melhor posição para dormir na gravidez, pois facilita a circulação do sangue entre mãe e feto, possibilitando o envio de mais oxigênio e nutrientes para o bebê. Deite-se com a barriga voltada para fora da cama. Ao deitar o corpo do lado esquerdo, a grávida não comprime a veia cava Inferior, responsável por levar o sangue até o coração. Isso permite, consequentemente, uma quantidade de sangue oxigenado suficiente para a mãe e para o bebê.
- De bruços: Deitar de bruços nos primeiros meses não é contraindicado e não oferece grandes riscos para o bebê. Até o quinto mês de gestação é possível adotar essa posição sem nenhum problema. Contudo, mulheres com gravidez mais delicada e sobrepeso devem evitar essa posição desde o início da gestação.
- Dormir na rede: esta pode ser uma ótima alternativa para as grávidas que não conseguem encontrar uma posição confortável durante a noite. A rede propicia uma posição confortável, com a cabeça mais suspensa. A rede deve ser de um modelo mais largo, que permita movimentação durante a noite. Para ter ainda mais conforto, tenha um travesseiro para colocar embaixo da barriga e deixá-la totalmente apoiada e outro para suspender mais as pernas e evitar o inchaço comum.
- Virada para o lado direito: deitar virada para o lado direito pode diminuir ligeiramente a quantidade de sangue que circula para a placenta. Essa redução pode implicar na chegada de menos nutrientes para o bebê. Nesse lado do corpo está a veia cava, responsável por regressar o sangue ao coração, e a pressão sobre esta pode reduzir o fluxo e causar tonturas.
- De barriga para cima: não é uma posição recomendada, principalmente a partir do quarto mês de gestação – embora não seja “grave” ou que possa fazer mal para o bebê. Porém, desta forma o útero causa uma compressão sobre os vasos sanguíneos do abdome – especialmente sobre a veia cava. A sensação de mal-estar e falta de ar é bem comum nesta posição.